Pelo Bem da Humanidade aborda a ascensão do totalitarismo, inclusive o soviético, reconstituindo a perseguição aos kulaks nos anos 1920/1930.
Nos tempos do czarismo, os russos chamavam de kulak o sujeito que enriquecia não com o fruto do trabalho braçal, mas por meio da usura e do comércio. Os kulaks estavam entre os agricultores prósperos no campo, tidos como judeus na percepção popular. Após a Revolução de Outubro, esses camponeses foram privados de espaço para exercer suas atividades. Porém, a definição estendeu-se a todos de posição financeira privilegiada, que empregavam trabalhadores assalariados.
Lenin havia descrito os kulaks como “sanguessugas, vampiros, saqueadores do povo e aproveitadores, que engordam com a fome”. A origem do ódio marxista devia-se tanto ao antissemitismo latente do bolchevismo, quanto ao ramo laboral dos kulaks — o mais próximo ao empresário capitalista existente numa Rússia de economia semifeudal.
A perseguição aos agricultores avessos à coletivização provocou uma das maiores tragédias do século XX, mas apesar das evidências irrefutáveis, o tema encontra enormes obstáculos para ser aceito como fato histórico no Ocidente. Frequentemente, alguns historiadores recorrem ao eufemismo abjeto, chamando o genocídio do lavradores — em nome dos quais a revolução bolchevique foi deflagrada — de “efeito colateral” do processo de coletivização.
No Brasil, esse episódio foi contado de forma resumida e marginal na literatura. Pelo Bem da Humanidade vai além disso, reconstituindo a perseguição aos kulaks com base nos estudos dos mais conceituados historiadores do tema (Roman Serbyn e Robert Conquest), expondo o resultado macabro das promessas de paraíso terrestre oferecidas pelo totalitarismo soviético.
Conheça em nosso livro a experiência socialista levada a termo, com toda a sua ferocidade inata.
Comentarios